Olhar curioso do ciclista após a reabertura da Ponte |
Durante a madrugada, apenas veículos com crianças ou pessoas em busca de atendimento médico puderam passar. Neste período, os pátios da aduana ficaram lotados de caminhões dos dois lados da fronteira. Cerca de um mil caminhões trafegam diariamente pela ponte, transportando produtos como borracha, pneus, comidas, medicamente, entre outros.
Reivindicação
O setor orizícola reivindica que a importação de arroz dos países do Mercosul seja suspensa por 180 dias, que as dívidas rurais sejam congeladas até 31 de outubro e que haja equalização do ICMS sobre o arroz entre os estados.
Uma das principais reivindicações é o aumento no preço mínimo da saca, que hoje vale R$ 25,80. O custo de produção, segundo a categoria, é de R$ 29 e, com isso, o produto nacional perde competitividade no mercado interno, já que o valor nos países do Mercosul é de R$ 18. Além disso, o trator produzido no Rio Grande do Sul custa R$ 130 mil para os agricultores brasileiros e R$ 70 mil para os argentinos.
De acordo com a categoria, a importação do arroz do Mercosul é usada como moeda de troca para que o Brasil possa exportar máquinas agrícolas. Os arrozeiros exigem medidas protecionistas, como o escoamento do excedente da produção e a criação de um preço meta.
Os arrozeiros prometem aguardar até 6 de junho por respostas para os pleitos. Caso não sejam atendidos, nova manifestação deve ocorrer em Porto Alegre. Segundo Juarez Petry, os arrozeiros deverão montar piquete em frente ao Palácio Piratini.