O número de despachos, que baliza a ocupação dos escritórios profissionais, do setor manteve-se estável. Foram emitidos 43.289 embaraços entre 1 de janeiro e 30 de abril. Os negócios entre os vizinhos países do Mercosul atingiram 2,71 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 4,43 bilhões, crescimento de 12,5%.
As exportações representaram 1,71 bilhão de dólares e as importações 1 bilhão de dólares. A evolução das compras brasileiras foi duas vezes superior ao volume de vendas. A importação avançou 19,2% contra apenas 8,8% de exportações. O número de caminhões que transitaram pela ponte que liga Uruguaiana à cidade argentina de Paso de los Libres nos dois sentidos caiu 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os 66.597 veículos transportaram 1,04milhão de toneladas de mercadorias.
O transporte ferroviário com 3.548 vagões e contêineres sofreu queda de 49,9%, um dos índices mais expressivos dos últimos anos. Segundo o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do RS, Lauri Kotz, a alternância do Comércio Exterior, mês a mês, é consequência da fragilizada moeda argentina hoje cotada a R$ 0,43, das intrincadas relações comerciais entre Brasil e Argentina e dos entraves nos principais portos que ligam os dois países. "A cada fechamento uma surpresa. Esperamos que a política aparente de boa vontade com a liberação de cargas retidas no PSR, o mês de junho possa refletir a realidade dos mercados", afirma.
No sábado foram liberadas as últimas das 52 cegonheiras que ficaram retidas pelo período de até sete dias PSR, devido à exigência de licenças de importação. Lauri Kotz ressalta que a medida adotada pelo governo brasileiro foi uma resposta aos entraves gerados às exportações brasileiras pela Argentina, principalmente máquinas e implementos agrícolas, além de calçados e produtos da linha branca.
Fonte: Correio do Povo, 23.05.2011 - Fred Marcovici
