quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"CYRO MARTINS - 100 Anos O Homem e seus Paradoxos"

Será lançada em Uruguaiana, no próximo sábado a biografia Cyro Martins, 100 Anos – O Homem e seus Paradoxos, de Celito De Grandi e Nubia Silveira. O livro, que encerra as homenagens no ano do centenário do psicanalista e escritor, mapeia a vida e a obra do autor da Trilogia do Gaúcho a Pé (composta pelos romances Sem Rumo, de 1937, Porteira Fechada, de 1944, e Estrada Nova, de 1954), que morreu em 1995, aos 87 anos. Além do texto emotivo da dupla de autores, integram a obra uma cronologia da vida do biografado, sua obra completa, uma bibliografia temática e depoimentos de amigos e intelectuais gaúchos. Será no dia 13/12 às 11hs, no Café da Praça, sito a Praça Barão do Rio Branco.Ao longo de 220 páginas, revelam-se a personalidade e a trajetória de Cyro Martins, que também foi um dos pioneiros da psicanálise no Rio Grande do Sul e um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Com base em pesquisa das jornalistas Lorena Paim e Adélia Porto e em depoimentos de familiares e amigos que conviveram com Cyro, o livro é – conforme o historiador Sérgio da Costa Franco, que assina o prefácio – “abrangente, minucioso e até indiscreto em vários aspectos. Não assume o caráter glorificador de muitas biografias. Não beatifica o biografado. Mas o apresenta como figura humana de extrema simpatia, identificado com a sociedade sofredora, com o estudo metódico e com o trabalho honesto”. O historiador acrescenta que Cyro ainda não havia sido estudado com maior profundidade. “Sai agora favorecido por este trabalho de minuciosa reconstituição de sua vida e de sua produção intelectual no campo da ficção e da ciência”.O livro não será vendido. A distribuição gratuita será feita a bibliotecas, escolas e centros de estudos. Celito De Grandi explica que a idéia partiu da filha do biografado, Maria Helena. Ela queria uma publicação sobre a figura humana do pai, nas comemorações dos cem anos de seu nascimento. Foram dois anos de atividade. “Importante salientar que tivemos toda liberdade para executar o trabalho. Durante quatro meses (de junho a setembro), dediquei-me à redação final, a maior parte do tempo em Portugal. Creio que resultou um retrato bastante verdadeiro do homem Cyro Martins, com seus tormentos pessoais e seus paradoxos, como qualquer ser humano”, ressalta.