quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PF desencadeia operação contra o tráfico

A Polícia Federal desencadeia, nesta quinta-feira, a Operação Matriz em cinco Estados brasileiros e no Paraguai. Mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos em nove cidades gaúchas – Caxias do Sul, Uruguaiana, Flores da Cunha, Bento Gonçalves, Vale Real, Torres, Barra do Ribeiro, São Leopoldo e Ijuí. Sorocaba, em São Paulo; Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Mirassol do Oeste, em Mato Grosso; e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, são outros municípios onde ocorre a ação para combater o tráfico de drogas. Ao todo são 41 documentos.
Também são cumpridos mandados em Assunção e em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. No país, está preso, no Presídio Nacional de Tucumbu, o articulador das quadrilhas responsáveis pela distribuição de drogas no Brasil, conhecido Pavão. Ele foi capturado em 2009, na cidade de Pedro Juan Caballero. Antes disso, havia sido detido pela Polícia Federal em 1994 em Santa Catarina, por tráfico de drogas. O governo brasileiro já solicitou a sua extradição, que deverá ser reforçada com novo mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Matriz. Há informações de que o traficante tenha mandado executar um de seus desafetos, em em São Leopoldo, neste ano.
As investigações começaram há cerca de dois anos e tiveram a cooperação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Nesse período, foi levantado que Pavão era o articulador do envio mensal de meia tonelada de pasta base de cocaína para o Brasil. A droga era transportada do Paraguai por via rodoviária escondida em veículos ou em pequenos aviões, de onde eram arremessados os pacotes de cocaína para serem recolhidos por outros traficantes ligados ao grupo.
Um desses lançamentos foi interceptado pela Polícia Federal na região de Uruguaiana, em 22 de julho deste ano, ocasião em que foram apreendidos 61 quilos da droga jogados de uma aeronave paraguaia.
Mais de 250 policiais federais participam da Operação Matriz, que teve essa denominação pelo fato da droga comercializada pelo grupo ser “carimbada” com a imagem de um leão, representando a “marca” do cartel fornecedor da droga. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Caxias do Sul.