segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma ilha sem guardião à espera de preservação



Alunos e ambientalistas unidos pela Ilha Brasileira
 Um grupo de alunos da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), do curso de Ciências da Natureza, participou no domingo da atividade de extensão do Campus Uruguaiana, dentro do projeto “Luz, Câmara, Ação, Edição e Intervenção: o meio ambiente não conhece fronteiras”, sob supervisão da professora Maristela Sawistzki. “Esta é uma forma de levar à comunidade ações efetivas desenvolvidas pelos alunos”, garante a docente. Os universitários foram até ao marco mais a oeste do Rio Grande do Sul, na Ilha Brasileira, em Barra do Quaraí, sob o acompanhamento dos integrantes da ONG Atelier do Saladeiros. A expedição foi marcada pela gravação de vídeos que farão parte de um documentário a ser editado e exibido nas escolas públicas dos municipais em palestras sobre o ecossistema da região proferidas pelos próprios universitários.
O trabalho de edição está sendo supervisionado por biólogos da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), que orientarão os alunos da UNIPAMPA na conclusão do trabalho. A professora Diana Paula Salomão de Freitas, da disciplina de Leitura e Produção Textual, disse que a experiência do grupo em conhecer a realidade da região pode proporcionar a realização de projetos conjuntos entre as comunidades da região e a instituição.
O presidente da ONS Atelier do Saladeiro, Argemiro Rocha, ressaltou que a presença dos alunos na Barra do Quaraí, pode trazer benefícios para que o ponto seja mais conhecido e com isso, valorizado. “Hoje temos a necessidade de buscar auxílio para que esse local tão importante para a nossa história e para o ecossitema da região seja conhecido por todos e, principalmente, preservado”, ressalta.
O único morador da Ilha Brasileira, José Jorge Daniel, o seu Zeca, com problemas de saúde, hoje já não mora mais no local. Aos 95 anos, seu Zeca hoje reside em Uruguaiana, sob os cuidados de uma de suas filhas. Conhecido como “Guardião da Ilha”, seu Zeca deixa hoje o local orfão. Por isso, muito mais ganha em importância trabalhos como o desenvolvido no final de semana pelos universitários e ambientalistas.