domingo, 11 de julho de 2010

Uma festa que nunca havia acontecido

Foram momentos de tensão, expectativa, aflição e, finalmente, alegria. Apesar de estar fixada em Uruguaiana a mais de cem anos, a Sociedade Espanhola jamais vivera momentos como os deste domingo. Afinal de contas, a Fúria, como é conhecida a Seleção Espanhola, chegou pela primeira vez a uma final de Copa do Mundo. Ao vencer, na prorrogação, a Holanda, a Espanha ingressou ao seleto grupo dos campeões do mundo de futebol.
Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o título finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.
Por isso tudo a emoção do fotógrafo Antônio Duarte Garrochena, aos 78 anos, era intensa. Ele, nascido em Sevilla, estava orgulhoso. Jamais sonhou com o feito, apesar de sempre acreditar. “Sempre considerei possível essa conquista e, hoje, comemoro na terra do melhor futebol do mundo, o título de campeão mundial da Espanha”, disse, logo ao final do jogo ao posar no centro da foto oficial da família espanhola em Uruguaiana.
Confira o áudio da festa em matéria apresentada na rádio El Shadday, nesta segunda-feira (12):